Para Clemente Baena Soares, a água é um bem estratégico e traz consigo desafios complexos. “O governo brasileiro está atento ao desafio de superar a atual crise hídrica e de sua grande relevância e urgência”. O embaixador também apresentou dados do relatório de Desenvolvimento de Água 2015 – Água para um mundo sustentável, divulgado pelas Nações Unidas em março, onde revela que até o ano de 2030, o planeta enfrentará um déficit de água doce de 40%, e alerta sobre o perigo de surgimento de conflitos armados devido a escassez hídrica nas próximas décadas, afetando assim, a segurança nacional.
Para ele, a realização do VI Taller de Capacitación sobre Derecho Internacional de Aguas – Cuenca Amazónica é de extrema importância, pois gera um maior diálogo entre os países que possuem rios transfronteiriços e fortalece a criação de estratégias para a boa governança dos recursos hídricos da região Amazônica e da Bacia do Prata.
Segundo a Presidente da Global Water Partnership do Brasil, Maria do Socorro Castello Branco, os rios transfronteiriços são as riquezas em comum da América Latina. “O curso visa capacitar diplomatas e advogados para que possamos preservar os rios de forma que sejam aproveitados por todos. Não é possível que os países briguem entre si por conta dos recursos hídricos, que é um recurso que tenho certeza que todos queremos preservar. O que nós estamos buscando com esse projeto, é aproximar essas soluções, torná-las menos onerosas para todos, facilitando o diálogo entre os países.
Mariana Bomfim